Filho Amado comenta sobre o HQ Maus



A história é de Vladek, um senhor judeu já de idade, contando a seu filho Spiegelman tudo o que ele e sua falecida esposa Anja passaram na Alemanha, na época dos ataques de Hitler contra os judeus — inclusive quando acabaram indo para o campo de concentração de Auschwitz. Também mostra a dificuldade do filho em lidar com o pai, suas regras, manias e até preconceitos. Vladek descreve as terríveis atrocidades cometidas pelo governo e como, com muita esperteza, conseguiu sobreviver a tudo isso.
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Uma história verídica com desenhos simples. Meu filho José, ao ver os desenhos de ratos e gatos no quadrinho, me perguntou por que retrataram os judeus e alemães dessa forma.
Respondi que talvez fosse para que crianças pudessem ler.
Eu estava enganado. É para que nós, adultos, consigamos ler.
As cenas são tão intensas que, se não fosse dessa forma, talvez não suportássemos ver tamanha brutalidade.
Sem contar que é uma analogia de como Hitler via os judeus — como ratos a serem exterminados.

O quadrinho me lembra muito a HQ A Odisseia de Hakim, do autor Fabien Toulmé, que também trata uma realidade assustadora de forma simples, mas sincera e profunda.


Maus é tão imersivo que revela pontos da história da 2ª Guerra Mundial que muitas vezes passam despercebidos, como quando os sogros de Vladek foram levados a um asilo, supostamente para serem cuidados, mas por ordem do governo.
Vladek, com seus modos difíceis de lidar, me lembra muito meu avô. Mas percebemos que cada detalhe de sua personalidade foi moldado pelos sofrimentos que viveu.
Não podemos julgar ninguém — não conhecemos suas histórias, suas bagagens.
Devemos amá-los independentemente de quem sejam.
Deus nos amou.

Com certeza, um quadrinho que marca qualquer um.
Nota 10.







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