Filho amado fala do livro Qualityland-Marc-Uwe Kling


Qualityland e um país futurista não tão distante do nosso onde vivi nosso personagem principal Peter Desempregado, sim, esse e o nome dele, pois os sobrenomes das pessoas foram substituídos pelas profissões de seus pais.

Peter e dono de um ferro-velho onde é contratado para destruir robôs com defeitos já que o concerto das coisas foram proibidos para aumentar o consumo, mas nosso protagonista não cumpre seu dever e acaba acolhendo seus robôs.
Isso inclui Calíope, uma escritora IA com bloqueio de escrita, entre outros.

Também vemos a história de uma corrida presidencial do Android John of Us, sim, ele está concorrendo para presidente de Qualityland, e também temos Martyn Membro do Conselho de Administração – Presidente da Fundação – Consultor no Gabinete da Presidência – Diretor”
Esse e seu nome completo, ele tem um casamento em decadência graças as novas tecnologias de assistentes virtuais criada por seu pai.

A história e muito empolgante e assustadoramente atual.

Me identifiquei muito com o Android e suas questões filosóficas "será que isso e normal", ainda mais nas nossas últimas eleições.
Uma de suas frases:

"As pessoas querem eleger um presidente ou um palhaço?"

Penso que um presidente que busca fazer o certo não e o que o povo quer, pois isso vai exigir das pessoas fazerem o certo também.

(Atenção Não estou dizendo que o candidato que perdeu das nossas eleições fazia o certo e nem que o que venceu e um palhaço)

As eleições no livro com seus debates de um candidato atacando o outro em vez de falar sobre suas propostas foi um déjà vu das nossas, com certeza foi uma crítica.

Vemos hoje na mídia uma separação individual de notícias para cada pessoas por seus gostos, fala muito isso no livro.

"— Isso significa que todo indivíduo está vivenciando um mundo digital diferente. Não apenas os resultados das buscas, as propagandas, notícias, filmes e músicas são personalizados. Mas também as ofertas, preços, até o design e a estrutura da rede se modificam agora dependendo de quem entra nesse mágico mundo de espelhos e até de acordo com como a pessoa se sente."

Isso e muito atual.

Mas como selecionar oque e certo ou errado, oque e mentira ou não?

Tentaram identificar isso nas nossas mídias com a lei das fake news, mas como decidir se algo e mentira ou não?
Para uns a teoria da evolução e a verdade, para outros a Bíblia e a verdade, outros creem que as duas são verdades.
Como julgar isso?

No livro também discute muito sobre os nossos dados coletados e como de certa forma estamos virando produtos e não consumidores.

Realidades duras de serem vistas por nós mesmos, mas quando Marc-Uwe Kling coloca nessa realidade de ficção e tão fácil observada.

Nota 9,5

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