Romilda Mendes fala do livro É assim que acaba - Colleen Hoover


Me entrego a leitura de “É assim que acaba” de Colleen Hoover motivada pela citação de uma outra autora na capa do livro “Toda pessoa com coração devia ler este livro” – Kami Garcia, confesso que até o momento as duas autoras eram desconhecidas para mim. Desafiada por meus Filhotes a fazer essa resenha, conheço um pouco mais sobre as duas autoras. Então vamos lá! 
Hoover escreve com maestria sobre um tema atual e dolorido – “A violência doméstica”, cria personagens encantadores e uma trama envolvente que nos obriga a ler sem parar. Penso que vou desapontar meus Filhotes e, especialmente alguns dos números fãs da autora, com uma verdade “nua e crua” - não derramei nenhuma lágrima durante toda leitura (menti para meu filho hoje, dizendo que chorei, porque ele disse que chorou), talvez porque eu tenha iniciado a leitura preparada para isso, para o pior, porém sou surpreendida por uma leveza. Hoover, ao meu ver, apresenta no primeiro momento agressões “nuas e cruas”, porém na trama principal cria um enredo para Lily e Ryle onde romantiza o agressor. Não fui atrás dos dados nos Estados Unidos, mas no Brasil tivemos mais de 31 mil denúncias de violência doméstica ou familiar contra as mulheres até julho deste ano (Dados da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos abrangem atos de violência física, sexual, psicológica, moral e patrimonial), os noticiários locais não ficam um só dia sem apresentar um ou dois casos. Desta forma, confesso que não consegui me encantar tanto pela obra. Entretanto a coragem apresentada no final por Lily é uma lição surpreendente, onde o amor pela filha e pelo seu agressor a faz tomar a decisão que verdadeiramente dará fim a um ciclo de violência em sua família – “É assim que acaba”. Assim, posso afirmar que é uma boa leitura para mães e pais que precisam compreender o quanto suas formas de se relacionarem podem influenciar na constituição das personalidades de seus filhos pequenos, especialmente na compreensão que terão do que é uma relação de amor verdadeira e respeitosa, compreendendo que essas memórias afetivas constituídas na infância serão parte do adulto futuro.  
Romilda Mendes (Mãe do Leandro e Leonardo, Pedagoga; Especialista em Docência Universitária e em Educação Infantil; Professora de Crianças Pequenas)

Nota 8,0

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