Filho amado fala do livro Mickey7 - Edward Ashton

Resenha Revisada

Mickey7, escrito por Edward Ashton, apresenta uma ficção científica original, repleta de emoção e reflexões filosóficas. A trama gira em torno de Mickey, um jovem do planeta Midgard que se candidata a uma vaga de "prescindível" em uma cruzada interestelar com destino a Ninflheim, um novo planeta a ser colonizado.

O papel de "prescindível" confere a Mickey uma forma de "imortalidade": cada vez que ele morre, seu corpo é clonado e sua memória é restaurada. Isso permite que ele execute tarefas extremamente perigosas, muitas vezes letais, em prol da expedição.

No entanto, ao chegarem a Ninflheim, a equipe descobre que o planeta é uma gélida bola de neve habitada por criaturas terríveis conhecidas como "rastejantes". A situação se complica quando Mickey7 cai em um buraco dessas criaturas. Presumindo que ele tenha morrido, a tripulação cria Mickey8, sua nova versão. Contudo, Mickey7 sobrevive e retorna ao acampamento, onde encontra sua cópia em seu próprio quarto.

A narrativa explora questões profundas sobre identidade e existência, trazendo à tona perguntas como: Quem somos nós? Somos nossas memórias ou nosso corpo?

A história remete ao clássico paradoxo do Barco de Teseu, em que o herói substitui todas as peças do barco ao longo de uma jornada, e ao final, questiona-se: o barco ainda é o mesmo? Da mesma forma, os seres humanos, cujas células são completamente renovadas a cada 10 anos, permanecem os mesmos, mesmo com mudanças físicas e mentais?

A reflexão sobre a fragilidade da vida também ecoa na Palavra de Deus:

> Tiago 4:14 (ARC): “Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece.”



Se nossa vida é como um vapor – fugaz e incerta – o que devemos fazer?

A resposta está em Eclesiastes:

> Eclesiastes 11:9 (NTLH): “Jovem, aproveite a sua mocidade e seja feliz enquanto é moço. Faça tudo o que quiser e siga os desejos do seu coração. Mas lembre de uma coisa: Deus o julgará por tudo o que você fizer.”



E logo depois:

> Eclesiastes 12:1 (NTLH): “Lembre do seu Criador enquanto você ainda é jovem, antes que venham os dias maus e cheguem os anos em que você dirá: ‘Não tenho mais prazer na vida.’”



Edward Ashton entrega um mundo fascinante e cheio de potencial para ser explorado em outras obras. Além disso, o livro provoca o leitor a refletir sobre a essência do que significa ser humano, em uma narrativa que mistura ação, emoção e filosofia de maneira envolvente e instigante.


Logo teremos o filme que aguardo muito animado.

Nota 10 

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